“Avoid toxic people and toxic activities. Try to keep learning all your life. And do a lot of deferred gratification.” - Charles T. Munger
Domain Arbitrage: Sobre a “preferência revelada” da comunidade científica na direção do aperfeiçoamento do conhecimento uni disciplinar, apesar das nítidas “oportunidades de arbitragem” entre disciplinas acadêmicas. Como usual, imperativos institucionais agem tribalmente, defendendo o “grupo interno” (in group) de “ameaças externas” (out group), ao custo do progresso.
Para uma referência mais detalhada (e exploratoriamente prescritiva) acerca deste tema, o seguinte paper, colaboração entre os pesquisadores Michael Nielsen e Kanjun Qiu, é bastante útil: A Vision of Metascience. A introdução é suficiente como overview sobre a difícil tarefa de questionar o saturado status-quo institucional da academia e simultaneamente sugerir novos paradigmas sociais de descoberta científica igualmente rigorosos.
Em 2011 Warren Buffett elegeu o capítulo 12 da obra seminal de John Maynard Keynes, “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” como um dos três capítulos essenciais da educação filosófica de todo investidor de valor (em conjunto com os conhecidos capítulos 8 e 20 do “Investidor Inteligente” de Benjamin Graham).
A carreira paralela de Keynes como investidor e gestor da tesouraria do King’s College (uma das mais prestigiadas unidades autônomas da Universidade de Cambridge) é longa e particularmente bem sucedida em seu segundo ato após o crash de 1929 quando trocou o “market timing” em favor de uma estratégia que tinha como objetivo compreender o efetivo valor intrínseco dos ativos selecionados.
O capítulo anexado aborda a meta-temática de investimentos ambos pelo prisma prático como sociológico. Mais interessantemente, reflete os diversos ângulos pelos quais se manifestam os impedimentos à implementação de um programa de alocação de capital verdadeiramente lastreado nas propriedades fundamentais dos negócios.
”(…) human nature desires quick results, there is a peculiar zest in making money quickly, and remoter gains are discounted by the average man at a very high rate. The game of professional investment is intolerably boring and over-exacting to anyone who is entirely exempt from the gambling instinct; whilst he who has it must pay to this propensity the appropriate toll.”
Frente aos aquecidos clamores atuais acerca do potencial produtivo e destrutivo de certas tecnologias, - acompanhados por cambalhotas intelectuais fantásticas que desconsideram o caminho do T(0) ao T(N), - um insight a partir de uma conversa com o polímata Stuart Kauffman sobre como a área de superfície do “possível” em sistemas adaptativos complexos expande de forma a ampliar a diversidade de nichos e oportunidades futuras, iterativamente.
A generalização normativa para as empresas parece sugerir que mantenha-se um elevado grau de humildade epistêmica e planeje-se com o devido ceticismo em relação a “master plans”; ou na linha do historiador e filósofo escocês Thomas Carlyle: “not to see what lies dimly at a distance, but to do what lies clearly at hand.”
Vídeo curto do co-fundador e editor da revista Wired, Kevin Kelly, sintetizando boa parte da sua extensa bibliografia.
Revisa de forma histórica a interação e co-dependência entre o ser humano e suas ferramentas, encapsulada pela citação de Marshall McLuhan: “First we shape our tools. Then our tools shape us.”
A tecnologia é posta como etapa avançada de uma longa cadeia que se iniciou na química básica, “transmutou” para processos biológicos e subsequentemente resultou na cognição que eventualmente a criou. Nesse contexto, pode ser entendida como mais um fase de um sistema adaptativo complexo, exibindo diversas tendências e impulsos semelhantes aos encontrados na natureza orgânica - uma manifestação de auto-similaridade.